Diretor

PARA MUITOS, O CHEFE
OUTROS, O CARRASCO.
ALGUNS, O AMIGO.
MUITAS VEZES O MEDIADOR
TERÁ MESMO UMA PALAVRA
QUE DEFINA O DIRETOR?
AS NOVAS TENDÊNCIAS APONTAM
GERENCIADOR, POSTURA IMPARCIAL
ATUAÇÃO IMPECÁVEL.
ATÉ PARECE QUE DIRETOR NÃO É GENTE...
QUE TAL CUIDADOR?
RIMA COM PROTETOR, COM AMOR
PORQUE AFINAL, PARA UMA ATUAÇÃO LEGAL
TER AMOR É ESSENCIAL.
E COMO SE SABE: QUEM AMA CUIDA, DÁ PITO.
TUDO PENSANDO NO SUCESSO DO GRUPO.
PORQUE NINGUÉM É DIRETOR SOZINHO.
SOMOS OS LIDERADOS, O CORPO, OS MEMBROS DO NOSSO CUIDADOR
QUE MUITAS VEZES, ESQUECE DE SI
EM FUNÇÃO DOS SEUS LIDERADOS.

Maria Cristiane Gomes (mcgce@hotmail.com)

Novembro-2009

PS.: (Texto produzido especialmente para homenagear o diretor escolar 11/11)

QUANDO ME AMARES

Ah! Quando me amares

Em doce enlevo estarei

Doce encanto

Magia do amor

Quando me amares

Não sentirei o terror da madrugada

A solidão do meio-dia

O abandono de fim de tarde

Ah! Quando enfim me amares

Sorrirei com os olhos

Amar-te-ei com a alma

Viverei eternamente

Maria Cristiane Gomes

Outubro/2009

GUERRA

UM POETA ATORDOADO COM SUAS PAIXÕES
PAIXÕES DO MUNDO
PAIXÕES DA CARNE
A CONSUMIR
CONSUMIR-SE


UM HOMEM PERDIDO EM SUAS PALAVRAS
A SE PERCEBER INCOMPREENDIDO POR SUAS PAIXÕES
REVOLTO, ENVOLTO DE EMOÇÕES


UM HOMEM A LUTAR CONTRA SI
UMA LUTA PERDIDA
ONDE NÃO HÁ VENCEDORES
PERDER, VENCER
SÃO APENAS LADOS DE UMA MESMA GUERRA
VELADA GUERRA FRIA



Maria Cristiane Gomes
Camocim/CE

Nós

Ainda sinto a dor do abandono,
Da indiferença no olhar
Ainda sinto a lança da indiferença a transfigurar meu amor.
Pensei que não existissem essas dores
Agora, elas presentes em mim

Lembro de suas palavras e lágrimas correm
Escorrem sobre a minha face
Derramam dor e abandono
Amarga dor, amargo amor, amarga solidão.


Porque tinha que terminar ?
Um amor que parecia eternizar
Porque tinha que acabar?
Se ainda estou a te esperar.

As lágrimas escorrem
Derramam lembranças da nossa história
Do tempo em éramos um só
Do tempo em que éramos únicos(sós).


Porque tinha que terminar ?
Um amor que parecia eternizar
Porque tinha que acabar?
Se ainda estou a te esperar

Abro os olhos e percebo
Tudo foi sonho, apenas um sonho
Meu chão, meu porto seguro
Tudo ruiu
Quando você partiu

Agora só me restam as recordações
Do tempo em que eu podia sorrir
De uma época de sorrisos
De passeios ao alvorecer
De piqueniques de fim de tarde
De sonhos que eram possíveis.

Porque tinha que terminar ?
Um amor que parecia eternizar
Porque tinha que acabar?
Se ainda estou a te esperar.

Maria Cristiane Gomes

Camocim-Ce

Sentimento de paixão

Sentimento de Paixão

A paixão é como Deus,

que quando quer me toma todo o pensamento

Dirige os meus movimentos, meus passos é dela

Meu pulsar é desse todo poderoso sentimento

Rodrigo Maranhão/ Pedro Luis

ABril/2009

Recordações

A paisagem plúmbea
A música de outrora a tocar
Elementos da vida a recordar
Relembro episódios eternizados
Pessoas, lugares
Por vezes penso se o passado é realmente tão distante...
Por vezes, as lembranças quase parecem palpáveis
Posso fechar os olhos
Ouço o canto de pássaros
Sinto a brisa suave
Sinto o cheiro do mar
Toco a areia da praia
Pesco em redes de tarrafas vermelhas
Tudo tão presente
Tão pueril
Num leve piscar de olhos
Episódios da vida desfilam sob o meu olhar
Com o foco da tela da vida
Do velho olhar distante e indiferente
Calejado, dizem “maduro”
É isso o que o amadurecer nos traz?
Perder a simplicidade
Em nome da praticidade
Tirando-nos o melhor da vida.
A inocência, a curiosidade, magia da experimentação, a falta de medo
E assim, transformando-nos em homens e mulheres
Seres, já não mais tão humanos
Apenas, homens e mulheres.

Maria Cristiane Gomes

Janeiro/2009
Camocim-Ce

Tarde

No crepúsculo da tarde
Mãos a se tocar
Corpos a estremecer
Corpos a arder

Sob o vermelho dos céus
Corpos rubros na relva a se encontrar
É Paixão
Fogo a se consumir
Paixão
Urgência a ser consumada

No encontrar de olhos
Olhares encontram a si
Olhos e corpos
Fundem-se
Sinergia de alma
Magia do encontro
Encontro de fim de tarde.

Maria Cristiane Gomes
Janeiro/2008

Camocim-Ce